Os primitivos habitantes de São Mateus dos Inhamuns, hoje
Jucás, foram os índios descendentes dos quixelôs, hábeis na exploração da caça
e pesca, que habitavam os sertões onde
hoje se erguem as cidades de Iguatu, Acopiara e Jucás. Pacificados, foram
administrados a partir de 1719, temporariamente, pelo coronel Gregório Martins
Chaves.
Igreja matriz de Nossa Senhora do Carmo nos anos 50
... e hoje (foto Ricardo Sabadia disponível no site
A freguesia de Nossa Senhora dos Inhamuns foi criada pela
provisão de 7 de setembro de 1755, do bispo de Pernambuco, por instância de
Frei Manuel de Jesus Maria. Extinta anos depois, foi restaurada pela Lei n°
630, de 1853, que erigiu a capela de Nossa Senhora do Carmo de São Mateus,
desmembrada da freguesia de Nossa Senhora da Purificação, de Saboeiro.
Prédio da Prefeitura Municipal - anos 50
Nos tempos em que grassava no Ceará a epidemia de
cólera-morbo, distinguiu-se em São Mateus um bondoso sacerdote que se dedicava
às pessoas acometidas do mal. Era tal o seu devotamento pelas vítimas do
cólera-morbo, que em pouco tempo veio a contrair a doença e dela faleceu.
Afirmam os moradores de Jucás que muitas graças foram alcançadas pelo povo pela
intercessão do falecido sacerdote, eu passou a ser considerado autor de
numerosos milagres. A existência de um mausoléu próximo à cidade justifica a
crença dos habitantes.
A Resolução Imperial de 3 de fevereiro de 1823, criou o
município com sede no povoado de São Mateus, então elevado a categoria de Vila.
Todavia, pela lei provincial n° 558, de 1851, a vila foi suprimida e
transferida a sede municipal para a povoação de Saboeiro, situação que
permaneceu até 1859, quando foi reerguida com a denominação de São Mateus dos
Inhamuns, tendo sido o município restaurado com território do município de
Saboeiro, no governo de Nogueira Accioly. A Lei 107 de 1893 restituiu-lhe o
topônimo de São Mateus. Pelo Decreto-lei
1114, de 30 de dezembro de 1943, o município passou a denominar-se Jucás.
Localização: à margem esquerda do Rio Jaguaribe que atravessa
o município. Cidade totalmente incluída no Polígono das
Secas, na zona do sertão do Salgado e Alto Jaguaribe.
Limites: Norte:
Acopiara, Sul: Cariús; Leste: Iguatu; Oeste:
Saboeiro e Tarrafas.
Distância da capital: 407 km
Área da unidade: 937,180
km²
Altitude: 280 metros de altitude, na sede do município.
Clima: quente e seco. A temperatura oscila entre 20 e 36
graus com média de 28° centígrados.
açude Angical em foto dos anos 50
Acidentes geográficos: destaque para o Rio Jaguaribe, cujos
tributários irrigam o município. Os principais relevos são representados pelas
serras da Penha, Bastiões, Contendas, Palmeiras, Coronzó, São Mateus, Brígida,
Ameixas, Jatobá, Barriga, Brava, Caboclos, Caneca, Iputi e Caminho Velho.
Riquezas Naturais: os recursos minerais são representados
por barro (argila) e jazidas calcárias.
Praça Presidente Vargas em construção nos anos 50
População: O Censo demográfico de 1950 registrava em Jucás uma
população de 30.203 habitantes, sendo 15.006 homens e 15.197 mulheres. Já em 2010, a população somava 23.807
habitantes, com 11.766 homens e 12.041 mulheres. A estimativa feito pelo IBGE
para 2012, era de 23.985 habitantes. A exemplo do que aconteceu com muitos
municípios localizadas em região de clima semiárido, Jucás teve perda de
população, em comparação com o Censo Demográfico de 1950. Em divisão territorial de 17 de janeiro de 1991, o município é constituído de 6 distritos: Jucás, Baixio de Donana, Canafístula, Mel, Poço Grande e São Pedro do Norte.
fotos antigas: enciclopédia dos municípios brasileiros - IBGE 1959
fontes:
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros - IBGE 1959
Wikipédia
IBGE - censo demográfico 2010
IBGE - censo demográfico 2010
Os créditos da foto atual da Igreja Matriz é de Genival Gomes Araújo, fotógrafo local.
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