quarta-feira, 27 de junho de 2012

Quixadá


 A cidade de Quixadá vista do alto da pedra do cruzeiro
(foto do blog.opovo Plínio Bortolotti) 

População 80.604 habitantes (censo demográfico 2010)
Área da unidade territorial – 2.019.822 km²
Densidade demográfica – 39,91 hab/km²
Distância de Fortaleza –  167 km
Limites  
Norte – Itapiúna
Noroeste – Choró
Oeste – Quixeramobim
Sul – Banabuiú
Leste - Ibicuitinga
Nordeste – Ibaretama
Localização
Mesorregião Sertões Cearenses
Microrregião – Sertão de Quixeramobim

Toda a zona ribeirinha do rio Sitia - o Gueiru dos indígenas - era habitada pelos índios tapuias e canindés, que aos poucos, foram abandonando a região, a medida que seus domínios eram conquistados pelos brancos.
Os primeiros civilizados que devassaram aquelas terras fizeram-no pelo Baixo-Jaguaribe primeiro, o afluente Banabuiú e em seguida o Sitiá , objetivando a conquista de novas áreas para a criação de gado.
Datam de 1698 as primeiras concessões de terras feitas naquelas plagas. No entanto, sua ocupação efetiva só teve início em 1705, quando Manoel Gomes de Oliveira, André Moreira de Barros e outros, nelas conseguiram penetrar, vencida a hostilidade indígena.
Em 1743, completava-se a distribuição das terras marginais do rio Sitiá, sendo iniciado o povoamento de seu afluente Tapuiará, dos rios Quinimporó, Choró, Pirangi e Feijão. Os povoadores, comumente, emigravam de Pernambuco.
Em 1747, José de Barros Ferreira adquiriu o Sitio Quixadá, instalando uma fazenda de gado, precisamente onde se acha hoje a praça Coronel Nanam. Ali se formou um pequeno núcleo de população. Dia a dia, o lugarejo foi prosperando, impondo-se a construção de uma capelinha.

 Igreja Matriz Jesus Maria José (foto Uol)

José de Barros Ferreira, fez a doação de meia légua de terras 20 vacas, 12 potros e mais 100 palmos de quadra de terra para a construção do Templo. Construída em 1770, a Capela teve como padroeiros Jesus-Maria José. De 1886 para cá, a pequena Capela se foi transformando aos poucos na Igreja Matriz atual.

 A Estação ferroviária de Quixadá foi inaugurada em 1891. Em 1933 a cidade recebeu a visita de Getúlio Vargas e sua comitiva (foto site estações ferroviárias.com.br)

 a Estação de Quixadá em 2009 (site estações ferroviárias.com.br)

Com a instalação da estrada de ferro a partir do seculo XIX, que ligava o Cariri à Fortaleza ocorreu forte urbanização do município. Esta também foi fortemente influenciada pela produção de algodão exportado para a Inglaterra, que nesta época vivia a Revolução Industrial. A Freguesia de Quixadá foi criada pela Lei provincial n.° 1.305, de 5 de novembro de 1869. Em de 27 de outubro de 1870 a Lei provincial n.° 1.347 criou o Município de Quixadá desmembrando-o de Quixeramobim e sendo elevado à categoria de vila.
Com o projeto e a construção do Açude do Cedro, a vila passa a receber ainda mais imigrantes vindo de diversas regiões, além disso diversas estradas foram construídas. Este processo acelera a urbanização, fazendo com que em 17 de agosto de 1889 a vila recebesse foros de cidade pela Lei provincial n.º 2.166.

 O Açude do Cedro foi construído por ordem do imperador D. Pedro II para amenizar os efeitos da grande seca de 1877-79. A obra foi iniciada em 1890 e concluída em 1906.
 Construído por áreas de grandezas têm 16 metro de profundidade com capacidade para 125 milhões de metros cúbicos de água. A parede do açude foi feita artesanalmente, as grades de ferro vieram da Inglaterra e as cerâmicas vieram de Portugal. (foto O Globo)

 em 1930 um hidroavião desceu no Açude do Cedro, atraindo grande número de curiosos (foto do Arquivo Nirez) 

A maior parte do território quixadaense está localizado na depressão sertaneja com maciços residuais, como a Serra do Estevão. Notabiliza-se também pela geografia rica em inselbergs ou monólitos  (formações rochosas isoladas na paisagem), que dominam boa parte da área do município, dos quais o mais famoso é a pedra da Galinha Choca, que tem este nome por conta do curioso formato.

 pedra da Galinha Choca (foto o Globo)

Os solos são pouco profundos em sua maior parte e têm como principal característica encharcar na estação chuvosa e ressecar facilmente nos períodos de estiagem. Os lençóis de água são geralmente salinizados devido as características geológicas da região.
Monumento Natural dos Monólitos de Quixadá (foto wikipédia)

Reserva Particular do Patrimônio Natural Fazenda não me deixes, a antiga propriedade de Rachel de Queiroz. São 300 hectares preservando a caatinga, o bioma da região. (foto skyscrapercity)

O município conta ainda com duas unidades de Conservação Ambiental:
o Monumento natural dos monólitos de Quixadá, com área de 16.635,59 hectares, criado pelo decreto N° 26/805 de 31 de outubro de 2002, e a Reserva Particular do patrimônio natural Fazenda não me Deixes, com área de 300 hectares, criado em 1998.

fontes de pesquisa
IBGE
Wikipédia
DNOCS
Diário do Nordeste

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