Castorina Chaves Pinto
nasceu em Aracati em 24 de janeiro de 1883, única mulher dentre os 16 filhos do
casal Francisco do Carmo Pinto Pereira e Cândida Chaves Pinto. Trabalhou como
funcionária pública municipal, e vendeu rendas e bordados do Aracati em Recife,
para onde viajava com alguma frequência.
Dizia gostar de Recife e Aracati porque eram cidades de muita água e explicava: ambas tinham mar e rio, muitas pontes e um porto movimentado; “não me assombro com água, por isso não tive medo nem mesmo da cheia de 1924...”.
Dizia gostar de Recife e Aracati porque eram cidades de muita água e explicava: ambas tinham mar e rio, muitas pontes e um porto movimentado; “não me assombro com água, por isso não tive medo nem mesmo da cheia de 1924...”.
Aracati - cheia do Rio Jaguaribe
Quando um de seus irmãos,
Teófilo Pinto, tornou-se proprietário de um hotel que funcionava onde hoje se
encontra o Museu Jaguaribano, Castorina foi trabalhar auxiliando o irmão na administração. Foi neste período que ganhou fama por colocar apelido nas pessoas, fama que a acompanhou até o final de sua vida.
Na mocidade, gostava de festas e dançava bem, mas nunca se casou. Dizia que sua fama não lhe rendia nada, mas reconhecia que muito dos apelidos atribuídos a ela, na verdade o autor era seu irmão Teófilo Pinto; o quando lhe perguntavam qual o apelido do Bispo, respondia: Nunca botei apelido em Bispo. Em padre, sim, porém poucos. O Teófilo é que não respeitava uma patente...
Na mocidade, gostava de festas e dançava bem, mas nunca se casou. Dizia que sua fama não lhe rendia nada, mas reconhecia que muito dos apelidos atribuídos a ela, na verdade o autor era seu irmão Teófilo Pinto; o quando lhe perguntavam qual o apelido do Bispo, respondia: Nunca botei apelido em Bispo. Em padre, sim, porém poucos. O Teófilo é que não respeitava uma patente...
Alguns apelidos se
tornaram celebres como o do viajante que, sendo hóspede do hotel de Teófilo
Pinto, sabedor da fama de Castorina, tomou cuidado em não ser visto por ela;
por isso toda vez que a avistava, procurava se esconder. Desconfiada
Castorina não vacilou em chamar aquele estranho hospede de "rato de
gaveta".
A fama de Castorina despertava o interesse dos que visitavam a cidade, e atraía muitos curiosos ainda que corressem o risco de sair com um apelido que, quase sempre, lhes cabia como uma luva, que "pegava" de imediato e a pessoa já passava a ser identificada pela alcunha.
Ninguém escapava do humor da aracatiense, a começar por figuras de relevo como o bispo D. Manuel da Silva Gomes, primeiro arcebispo metropolitano de Fortaleza, o bolo enfeitado; outro bispo, D. Antônio de Almeida Lustosa era envelope aéreo; Dom Helder Câmara, pombinha do céu; o interventor Menezes Pimentel “carretel de linha preta; o coronel Querubim Chagas, noite ilustrada e o filho do coronel, suplemento de noite ilustrada.
A fama de Castorina despertava o interesse dos que visitavam a cidade, e atraía muitos curiosos ainda que corressem o risco de sair com um apelido que, quase sempre, lhes cabia como uma luva, que "pegava" de imediato e a pessoa já passava a ser identificada pela alcunha.
Ninguém escapava do humor da aracatiense, a começar por figuras de relevo como o bispo D. Manuel da Silva Gomes, primeiro arcebispo metropolitano de Fortaleza, o bolo enfeitado; outro bispo, D. Antônio de Almeida Lustosa era envelope aéreo; Dom Helder Câmara, pombinha do céu; o interventor Menezes Pimentel “carretel de linha preta; o coronel Querubim Chagas, noite ilustrada e o filho do coronel, suplemento de noite ilustrada.
Castorina com os seus colegas funcionários da prefeitura de Aracati
Um louro baixote, prego dourado; um juiz que tinha uma cabeça grande, virou cabeça de comarca, um rapaz que não arranjava casamento, era cédula falsa, um coxo, pé de vírgula; macaco sem rabo; ponteiro de segundos; tostão de broa, ninguém saía de Aracati sem ser contemplado com uma alcunha, presente de Castorina.
Certa vez sentiu-se ofendida quando no meio de uma brincadeira, um dos amigos perguntou por que ela falava de modo tão incessante, que ela estava parecendo uma seriema-fora-do-bando. Então, o feitiço se voltou contra a feiticeira e Castorina ganhou também seu apelido.
Castorina Pinto Chaves faleceu
em Fortaleza aos 83 anos de idade, vivendo de sua aposentadoria e morando numa
casa modesta da Rua Franklin Távora, sempre alegre e receptiva a uma boa conversa. A fama não lhe rendeu dinheiro, mas serviu
para projetar a cidade de Aracati como a "Terra dos Apelidos". A então
prestigiada revista “O Cruzeiro”, de circulação nacional, fez uma cobertura jornalística
do seu falecimento.
imagens Castorina:
http://www.luacheia.art.br/aracati/memoria/570-ruas-do-aracati-castorina-pinto.html
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