Praça Capitão João Enes e coluna comemorativa a fundação da Vila
O povoamento de Limoeiro do Norte teve início em
1687, com a vinda do sargento-mor João de Sousa Vasconcelos, do sertão do São
Francisco para a ribeira do Jaguaribe, onde depois de constantes lutas com os índios
paiacus, se estabeleceu no sítio São João das Vargens, que logo se tornou
desenvolvido arraial.
As terras férteis ribeirinhas, que ofereciam
vantagens para a agricultura e a pecuária, foram ocupadas aos poucos por
imigrantes provenientes do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, surgindo
novos núcleos como o de Tabuleiro de Areia e o de Limoeiro, cuja origem data de
1708, quando o Desembargador Cristóvão Soares Reimão, encarregado de tombar as
terras do Baixo Jaguaribe, demarcou légua e meia de terras do rio Jaguaribe, com meia légua de
cada lado, subindo o rio, a partir do marco do poço das Aningas, até a última
meia légua que abrangia a propriedade do sargento-mor – local onde hoje está a
cidade de Limoeiro do Norte.
moradores na Praça José Oster, em frente à residência do Padre Acelino
O sitio Limoeiro veio a pertencer a Antônio
Rodrigues da Silva, que o passou ao seu genro Manuel José da Silva. Já em 1778,
a pequena fazenda Limoeiro tomava corpo, com suas atividades econômicas em franco
desenvolvimento e crescente população. Com a morte de Manuel José da Silva,
presumivelmente na primeira década do século XIX, seus filhos lançaram a ideia da construção de
uma capela doando 600 braças de terras em 1818.
Iniciada a construção em terras de Bonifácio José
Carneiro e Joaquim da Costa Barros, a capela foi construída e benta em 9 de dezembro
de 1845. Com a criação da freguesia de
Nossa Senhora da Conceição, inaugurada canonicamente em 1864, a capela passou
por reparos e foi transferida para a
povoação de São João de Jaguaribe.
Igreja Matriz de N. S. da Imaculada Conceição
O distrito de paz de São João de Jaguaribe foi
criado pela Câmara Municipal de Russas em 1830, e recebeu foros de vila em 22 de dezembro de 1868, sendo transferida,
antes de inaugurada para a povoação de Limoeiro, que passou a ser sede do
município, com território desmembrado de São Bernardo das Russas (atual
Russas), dando-se sua instalação em 30 de julho de 1873.
No centro da foto, Maria Bonita e Lampião
A vila foi elevada à categoria de cidade pela Lei n°
364, de 30 de agosto de 1897. A 15 de junho de 1927, Limoeiro viveu momentos de
intensa expectativa e justificado temor. O célebre cangaceiro Lampião, vindo de
Mossoró, ocupara a cidade com 42 homens. Antes, Virgulino
Ferreira da Silva havia atacado Mossoró, onde houve cerrado tiroteio, quando morreram alguns bandidos de fama. Mas, chegando a Limoeiro, e ciente de que pisava
em terras cearenses, Lampião ordenou aos seus bandoleiros que nada roubassem,
pois em solo em que pontificava o padre Cícero não era para ser atacado.
Supersticioso, o cangaceiro tinha pelo velho padre verdadeiro fanatismo. Os fazendeiros
cearenses foram por isso, poupados da sanha destruidora de Lampião e seu bando.
Antes de atingir a cidade, Lampião hospedou-se na casa de fazenda do coronel
Anísio Batista dos Santos na Lagoa da Rocha, distante da sede 36 quilômetros. No
dia 15 de junho, Virgulino Ferreira encontrou-se com o prefeito, coronel Felipe
Santiago, exigindo deste a quantia de 15 contos de Reis pelo resgate da cidade
que fora quase que totalmente abandonada pela população. O prefeito expôs a
situação ao vigário padre Vital Gurgel Guedes e a outras autoridades. Foi então
feito um apelo ao cangaceiro para que reduzisse a quantia imposta, pois as
pessoas de posses haviam se retirado para um lugar seguro diante da aproximação
do bando.
Lampião diminuiu para 6 contos de Réis, ao que as
autoridades asseguraram ser impossível juntar, acrescentando que só dispunham
de 2 contos, o que levou Sabino, valente cangaceiro, a dizer que aquilo era uma
ninharia. Lampião notando a intromissão de Sabino sem que tivesse sido chamado
a isso, aceitou os 2 contos sem protesto.
foto do bando em Limoeiro, onde se avistam alguns moradores (2a fila à esquerda)
O cangaceiro esteve em visita ao lado das
autoridades locais a vários pontos da cidade e até depositou esmolas na Matriz.
Sabedor de que estavam em seu encalço forças policiais do Ceará e Rio Grande do
Norte, saiu de Limoeiro e tomou rumo ignorado.
rua principal em foto antiga
Localização: na zona Fisiográfica do sertão do baixo Jaguaribe, em pleno polígono das secas, Limoeiro do Norte se estende desde as famosas várzeas aluvionais formadas pelos rios Jaguaribe e Banabuiú até a Chapada do Apodi, nos limites com o Rio Grande do Norte.
O município é constituído de 2 distritos: Limoeiro do Norte e Bixopá
Localização: na zona Fisiográfica do sertão do baixo Jaguaribe, em pleno polígono das secas, Limoeiro do Norte se estende desde as famosas várzeas aluvionais formadas pelos rios Jaguaribe e Banabuiú até a Chapada do Apodi, nos limites com o Rio Grande do Norte.
O município é constituído de 2 distritos: Limoeiro do Norte e Bixopá
Leste:
Governador Dix-Sept Rosado,
Sul:
Tabuleiro do Norte, São João do Jaguaribe;
Oeste:
Morada Nova
Distância até a capital: 198 km
População:
censo 2010 – 56.264 habitantes
estimada
2013 – 57.372 habitantes
fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros
IBGE-1959
fotos do Arquivo Nirez e IBGE
fonte: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros
IBGE-1959
fotos do Arquivo Nirez e IBGE
No centro da foto é juriti e nenem mulher de Luís Pedro
ResponderExcluirQuem gosta de ler coisas antigas, veja este blog dirigido totalmente a Limoeiro do Norte. https://efemeridesdolimoeiro.blogspot.com/
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